Nutricionista e Fisiologista do Esporte

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Profissional da Saúde - Palestrante, Mestre em Ciência da Motricidade Humana, Nutricionista Clinico Esportivo, Graduado em Educação Física; Professor Conferencista - Experiência na Área de Fisiologia do Exercício e Nutrição Esportiva; com ênfase no Treinamento de Alto Rendimento, Treinamento Personalizado e Emagrecimento. CBF

terça-feira, 18 de março de 2025

Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), Sono e Treinamento: A Tríade da Recuperação




Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC), Sono e Treinamento: A Tríade da Recuperação e Performance


           A variabilidade da frequência cardíaca (VFC) é um marcador fundamental da saúde do sistema nervoso autônomo, refletindo o equilíbrio entre o sistema nervoso simpático (ativação) e o parassimpático (recuperação). 

A relação entre VFC, sono e treinamento é crucial para monitorar fadiga, desempenho e recuperação. 

O Que é a Variabilidade da Frequência Cardíaca (VFC)? A VFC mede a diferença entre os intervalos de batimentos cardíacos. Diferente do que muitos pensam, um coração saudável não bate em um ritmo completamente regular; há variações sutis entre os batimentos, e quanto maior essa variabilidade, melhor a capacidade do organismo de se adaptar a diferentes estímulos. 

 • Alta VFC: Indica boa recuperação, menor estresse fisiológico e maior ativação do sistema nervoso parassimpático (descanso e digestão). 

 • Baixa VFC: Indica estresse elevado, fadiga, sobrecarga de treinamento ou baixa qualidade do sono, podendo ser um sinal de risco para overtraining. 

 A Relação Entre VFC, Sono e Recuperação O sono desempenha um papel fundamental na recuperação fisiológica e na regulação autonômica. 

Durante o sono profundo, há um predomínio da atividade parassimpática, o que aumenta a VFC e promove uma recuperação eficiente. 

 • Déficit de sono ou noites mal dormidas reduzem a VFC e aumentam a atividade simpática, dificultando a recuperação muscular e aumentando a fadiga.
 • Dormir bem melhora a modulação autonômica, otimizando a adaptação ao treinamento e reduzindo o risco de lesões. 

 Fatores que afetam a VFC durante o sono: 

 Qualidade e quantidade do sono 
 Horários regulares de descanso 
 Redução do estresse antes de dormir 
 Consumo de álcool, cafeína ou refeições pesadas antes do sono 
 Uso excessivo de telas à noite 


       VFC e Treinamento: Como Monitorar e Aplicar? A VFC pode ser usada como uma ferramenta para ajustar a intensidade e o volume dos treinos, evitando fadiga excessiva e melhorando a performance. 

 1. Ajuste do Treino com Base na VFC:

 •  Alta VFC pela manhã: Indica boa recuperação → Dia ideal para treinos mais intensos.
 • Baixa VFC pela manhã: Indica fadiga acumulada → Melhor optar por um treino mais leve ou descanso ativo. 

 2. Como Melhorar a VFC e Otimizar a Recuperação? 

  •   Sono adequado e de qualidade.
  •   Controle do estresse (meditação, respiração diafragmática)
  •   Nutrição equilibrada e hidratação 
  •   Exercícios aeróbicos moderados para melhorar a função autonômica.
  •   Evitar treinos excessivos sem recuperação adequada.
       Conclusão: A VFC é uma ferramenta valiosa para otimizar treinos e recuperação. 

Monitorar sua variação ao longo do tempo ajuda a entender a resposta do corpo ao treinamento, ao estresse e ao sono. 
Atletas e praticantes de atividade física podem usá-la para ajustar seus ciclos de treino, prevenindo o overtraining e melhorando a performance.

Escute seu CORPO.

terça-feira, 11 de março de 2025

Nutrient Timing: A Estratégia Certa para Melhorar a Performance e a Recuperação



                O Nutrient Timing é a estratégia de ingerir nutrientes nos momentos mais adequados para otimizar o desempenho, a recuperação e a composição corporal.
 Em vez de focar apenas no que se come, essa abordagem leva em conta quando consumir carboidratos, proteínas e gorduras para potencializar os efeitos dos treinos e da nutrição.

 Fases do Nutrient Timing


              1. Período Pré-Treino O objetivo é fornecer energia e preparar o corpo para o esforço físico. Aqui, o foco está na ingestão de carboidratos de baixo a médio índice glicêmico para manter a glicemia estável e proteínas para minimizar o catabolismo muscular. Exemplo de refeição pré-treino: • batata-doce + frango • Um shake de whey protein com aveia 

                 2. Período Intra-Treino Para treinos longos ou intensos, a ingestão de carboidratos de rápida absorção e eletrólitos pode ajudar a manter o desempenho e retardar a fadiga. Opções para intra-treino: • Maltodextrina, palatinose ou dextrose • Bebidas isotônicas 


                3. Período Pós-Treino Esse é o momento de repor estoques de glicogênio e iniciar o processo de recuperação muscular. 


               A combinação de proteínas de rápida absorção e carboidratos pode acelerar essa recuperação. Exemplo de refeição pós-treino: • Whey protein + banana • Arroz branco + filé de peixe Benefícios do Nutrient Timing

  •  Melhora da performance nos treinos 
  •  Otimização da recuperação muscular 
  •  Redução do catabolismo e aumento da síntese proteica 
  •  Melhor controle da glicemia e do metabolismo energético 


 O timing dos nutrientes não é uma regra fixa para todos, mas pode ser um diferencial importante para quem busca otimizar resultados. Adaptar essa estratégia de acordo com o objetivo seja hipertrofia, resistência ou emagrecimento é essencial para alcançar o melhor desempenho e saúde.