Há muitos anos trabalhando na àrea de Fisiologia do Exercício e Emagrecimento, já escutei de várias pessoas a frase "Sou Gordo, mas em forma" esta afirmação, quando se trata da saúde do coração parece não ser tão Verdadeira.
Efeitos negativos do excesso de gordura corporal na saúde do coração PARECEM não ser anulados pela manutenção de um estilo de vida ativo, aponta novo estudo.
Estudos anteriores haviam sugerido que estar fisicamente ativo, poderia mitigar os efeitos negativos do excesso de peso na saúde do coração, mas este não é o caso, de acordo com um novo estudo no European Journal of Preventive Cardiology.
“Não se pode ser 'gordo, mas saudável". Esta foi a primeira análise a mostrar que ser regularmente ativo provavelmente não elimina os efeitos prejudiciais à saúde do excesso de gordura corporal.
Como um estilo de vida fisicamente ativo pode anular COMPLETAMENTE os efeitos deletérios do sobrepeso e da obesidade?
Pesquisas anteriores apresentavam algumas evidências de que pessoas que eram "gordas, mas em forma" poderiam ter saúde cardiovascular semelhante àquelas que eram "magras, mas tais evidencias levaram a alguns erros de interpretação,
levando a propostas polêmicas de políticas de saúde para priorizar a atividade física e a boa forma acima da perda de peso.
As relações entre atividade, peso corporal e saúde cardíaca necessitam estar bem alinhadas.
Isso nos mostra que todos, independentemente de seu peso corporal, devem ser fisicamente ativos para proteger sua saúde.
No entanto, o estudo mostrou maior risco cardiovascular para participantes com sobrepeso e obesos em comparação com aqueles com peso normal, independentemente de quanto exercício eles fizeram.
Os participantes que eram obesos e ativos tinham duas vezes mais chances de ter colesterol alto, quatro vezes mais chances de ter diabetes e cinco vezes mais chances de ter pressão alta do que aqueles que tinham peso normal, mas inativos.
O exercício não parece compensar todos os efeitos negativos do excesso de peso; é igualmente importante combater a obesidade e o sedentarismo. A busca pela perda de peso deve continuar a ser o principal objetivo das políticas de saúde, paralelo com a promoção de estilos de vida ativos. O estudo se soma a um extenso corpo de pesquisas sobre o assunto.
Cientistas da Universidade de Oxford divulgaram os resultados de um grande estudo em 12 de janeiro 2021. O exercício físico pode ser ainda mais importante para a prevenção de doenças cardiovasculares do que se conhecia anteriormente - e quanto mais atividade, melhor, revelou o relatório.
E pesquisadores da Cleveland Clinic publicaram um estudo em janeiro de 2019 mostrando que um estilo de vida sedentário é pior para a saúde do que fumar, diabetes ou doenças cardíacas.
Um Fator importante neste estudo é a questão de não saber o que veio primeiro - o que este estudo não está nos dizendo é, a pessoa que é obesa e ativa, ela se tornou ativa quando percebeu que era obesa e o risco aos fatores eram altos? Ou eram ativos e, apesar disso, tornaram-se obesos e seus fatores de risco aumentaram?
Não se exercitar é pior para a saúde do que fumar, diabetes e doenças cardíacas.
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